Informou nesta segunda-feira (28) a agência de notícias italiana Ansa, citando fontes da congregação geral.
RFI
28 abr 2025 - 09h54
Cardeais reunidos no Vaticano definiram 7 de maio como a data de início do conclave que elegerá o sucessor do papa Francisco, informou nesta segunda-feira (28) a agência de notícias italiana Ansa, citando fontes da congregação geral.
Pelas regras do Vaticano, no dia do Conclave, os cardeais participarão de uma missa solene na Basílica de São Pedro, antes de os eleitores, ou seja, os cardeais com menos de 80 anos, se reunirem na Capela Sistina à tarde para a votação a portas fechadas, que pode durar vários dias.
O anúncio foi feito no final de uma nova "congregação geral", uma reunião preparatória privada da qual participaram 180 cardeais, incluindo mais de 100 eleitores.
A votação, realizada de forma sigilosa, prevê quatro votações por dia, duas pela manhã e duas à tarde.
Antes do início do conclave, todos os cardeais continuam a se reunir diariamente no Vaticano em "congregações gerais" para discutir o perfil do futuro papa e as prioridades para o futuro da Igreja Católica.
Os Museus do Vaticano, que recebem mais de cinco milhões de visitantes por ano, anunciaram em seu site que a Capela Sistina estará fechada para preparativos, que incluem a disposição de mesas e cadeiras e a instalação de uma chaminé no telhado.
Ela deve ficar visível aos fiéis da Praça de São Pedro, e emitirá uma fumaça preta se nenhum papa for eleito e uma fumaça branca, obtida por meio da adição de produtos químicos, quando o sumo pontífice for escolhido. O novo papa deve receber dois terços dos votos.
Embora vários cardeais sejam apresentados como favoritos ("papabili") pela imprensa italiana e internacional, como o italiano Pietro Parolin, ex-número dois do Vaticano, o conclave promete ser particularmente aberto.
O papa Francisco escolheu 80% dos cardeais que elegerão seu sucessor e deu maior peso para a África e a Ásia no Sagrado Colégio. O nome do líder dos mais de 1,4 bilhão de católicos será anunciado "urbi et orbi" no final do conclave.
Enquanto isso, o Vaticano ficará de luto durante nove dias, período respeitado desde sábado (26), quando ocorreu o funeral do papa Francisco.
Próximo papa pode não ser reformista
Embora Francisco tenha deixado a imagem de um papa reformista declarado, não há garantia de que o próximo pontífice seguirá o mesmo caminho. Além disso, especialistas alertam que a capacidade do futuro papa de unir a Igreja em um contexto geopolítico cada vez mais fragmentado pode ser um fator decisivo, mais do que sua nacionalidade.
O cardeal Pietro Parolin, juntamente com o arcebispo metropolitano emérito filipino de Manila, Luis Antonio Tagle, estão entre os favoritos, de acordo com casas de apostas britânicas.
(Com AFP)
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