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Rússia responde Biden e afirma que EUA se beneficiam de guerras: 'apenas negócios'

Porta-voz do governo russo afirmou que Estados Unidos 'enganaram o mundo usando valores que Washington nunca defendeu'.

Rússia responde Biden e afirma que EUA se beneficiam de guerras: 'apenas negócios'
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Por g1

 


Montagem põe lado a lado o presidente americano Joe Biden e o presidente russo Vladimir Putin — Foto: AFP

Montagem põe lado a lado o presidente americano Joe Biden e o presidente russo Vladimir Putin — Foto: AFP

Rússia respondeu a um comentário do presidente dos EUA, Joe Biden, no qual chamou o apoio à Ucrânia e a Israel de "investimento". Nesta sexta-feira (20), uma porta-voz do governo russo afirmou que a fala de Biden mostra que Washington se beneficia de "guerras por procuração" em vez de "lutas por ideias".

O comentário de Biden foi feito durante um pronunciamento, na quinta-feira (19), ao qual o presidente norte-americano anunciou a intenção de aprovar um pacote de ajuda para Ucrânia e Israel.

Ao se dirigir aos norte-americanos, o democrata disse que ajudar os dois aliados dos EUA era "um investimento inteligente que pagará dividendos para a segurança americana durante gerações", enquanto procurava reunir apoio para novos pacotes de ajuda.

Biden também comparou o presidente russo, Vladimir Putin, ao Hamas, afirmando que ambos desejam "aniquilar democracias" de países vizinhos.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, comentou o pronunciamento de Biden em uma rede social, citando "cinismo" norte-americano.

"Eles costumavam chamar isso de 'luta pela liberdade e pela democracia'", disse ela.

 

"Agora acontece que são apenas cálculos. Sempre foi assim, eles apenas enganaram o mundo usando valores que Washington nunca defendeu."

 

Zakharova ainda usou uma frase conhecida do filme "O Poderoso Chefão" para se referir à posição dos Estados Unidos em conflitos no exterior: "Nada pessoal, apenas negócios".

"As guerras têm sido tradicionalmente 'investimentos inteligentes' para os Estados Unidos, uma vez que não ocorreram em solo americano e eles não se importam com os custos suportados por outros", disse Zakharova.

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