Em nota, governo brasileiro afirmou que, na época, Zelensky alegou que não poderia vir em razão da guerra.
Por g1 — Brasília
O Palácio do Planalto negou nesta segunda-feira (11) que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, não tenha sido convidado para a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em janeiro.
O Planalto se manifestou após Zelensky ter dito, em entrevista no domingo (10), que não foi convidado para a posse de Lula.
Zelensky deu a declaração para o repórter do Fantástico Álvaro Pereira Júnior, que o questionou por que ele foi para posse do ultraliberal Javier Milei, na Argentina, mas não compareceu à de Lula.
"Não fui à posse de Lula porque não fui convidado. Aqui, Milei me ligou e convidou. Se me chamarem para ir ao Brasil, eu vou. Já convidei Lula para ir à Ucrânia", respondeu o presidente da Ucrânia.
Questionado sobre essa versão, o Palácio do Planalto explicou que Zelensky foi convidado, mas alegou que não poderia vir ao Brasil, em razão da guerra contra a Rússia. A Ucrânia decidiu enviar a vice-primeira-ministra, Yulia Svrydenko, que se reuniu com Lula na véspera da posse.
"Houve convite para o presidente da Ucrânia vir a posse. A Ucrânia enviou a vice-primeira-ministra, Yulia Svyrydenko, que se reuniu com Lula no dia 31 de dezembro de 2022. Ela trouxe os cumprimentos de Zelensky e disse que ele não pôde vir devido à guerra com a Rússia. O encontro foi público", escreveu o Planalto em nota.
Participação do Brasil no processo de paz
Na entrevista em Buenos Aires, o Fantástico também perguntou o que Zelensky espera do Brasil em relação ao conflito com a Rússia.
Ele disse que o Brasil é um país grande e importante e, por isso, seria positivo vê-lo envolvido no processo de paz.
"O Brasil é um país muito grande e muito importante e tem influência sobre outros países. Então, ele tem um papel muito, muito importante. É importante envolver o Brasil nas negociações de paz", disse Zelensky.
Para outro repórter, ele disse que ainda existe na esquerda tradicional uma lembrança forte da União Soviética e que essa esquerda vê na Rússia uma espécie de sucessora dos soviéticos. Por isso, a vontade que o país tem de se ver logo livre da invasão russa.
Comentários: