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PF faz operação contra suspeitos de entregar 43 mil armas para facções brasileiras

Armas eram compradas de fornecedores europeus e vendidas por empresa paraguaia.

PF faz operação contra suspeitos de entregar 43 mil armas para facções brasileiras
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Por César Tralli, GloboNews e TV Globo

 
 

PF faz operação contra suspeitos de entregar 43 mil armas para facções brasileiras
 

PF faz operação contra suspeitos de entregar 43 mil armas para facções brasileiras

Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (5) uma operação contra um grupo suspeito de entregar 43 mil armas para os chefes das maiores facções do país — Primeiro Comando da Capital e Comando Vermelho —, movimentando R$ 1,2 bilhão.

São cumpridos 25 mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária e 52 mandados de busca e apreensão em três países: Brasil, Estados Unidos e Paraguai — onde está o principal alvo da operação (veja foto mais abaixo), Diego Hernan Dirísio, que ainda não foi encontrado.

Dirísio é considerado pela PF o maior contrabandista de armas da América do Sul.

Até a última atualização desta reportagem:

 

  • 5 envolvidos no crime foram presos no Brasil;
  • 11 no Paraguai.

 

Diego Hernan Dirísio é o principal alvo da operação, que está no Paraguai, mas ainda não foi localizado  — Foto: Investigação internacional

Diego Hernan Dirísio é o principal alvo da operação, que está no Paraguai, mas ainda não foi localizado — Foto: Investigação internacional

Maior contrabandista de armas da América do Sul — Foto: Investigação internacional

Maior contrabandista de armas da América do Sul — Foto: Investigação internacional

A Justiça da Bahia, que conduz a operação, determinou que os alvos de prisão que estiverem no exterior sejam incluídos na lista vermelha da Interpol e que, se forem presos, sejam extraditados para o Brasil.

A investigação começou em 2020, quando pistolas e munições foram apreendidas no interior da Bahia. As armas estavam com o número de série raspado, mas, por meio de perícia, a PF conseguiu obter as informações e avançar na investigação.

Três anos mais tarde, a cooperação internacional que resultou na operação desta terça indica que um homem argentino, dono de uma empresa chamada IAS, com sede no Paraguai, comprava pistolas, fuzis, rifles, metralhadoras e munições de fabricantes de países como Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia.

Após a compra, as armas eram vendidas para facções brasileiras, em especial de São Paulo e do Rio de Janeiro. O esquema envolvia também doleiros e empresas de fachada no Paraguai e nos EUA.

As investigações indicam ainda que havia corrupção e tráfico de influência na Direccion de Material Belico (DIMABEL), órgão paraguaio responsável por controlar, fiscalizar e liberar o uso de armas, facilitando o funcionamento do esquema.

Apreensões na casa de Diego Hernan Dirísio, em Assunção, no Paraguai  — Foto: Investigação internacional

Apreensões na casa de Diego Hernan Dirísio, em Assunção, no Paraguai — Foto: Investigação internacional

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