Por g1
O Polícia Federal deflagrou, na semana passada, uma operação que investiga o rastreamento ilegal de celulares pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Segundo a investigação, servidores da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro teriam usado sistemas de GPS para rastrear celulares sem autorização judicial.
"Estamos tratando de dados de localização. Eles parecem dados bastante inocentes, mas a realidade é que a partir desses dados a gente consegue aferir uma série de coisas: desde o dia a dia das pessoas até dados especialmente sensíveis, como, por exemplo, a religião de alguém", alerta Christian Perrone, coordenador geral de Direito e de Tecnologia do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro.
Vista da entrada da sede da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), em Brasília — Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
Em entrevista a Natuza Nery, Christian cita que tipos de dados sensíveis o rastreamento de dados ilegal pode levantar.
Até sexta-feira (20), a PF havia conseguido levantar apenas cerca de 1,8 mil dos 33 mil acessos ilegais.
A lista inclui um homônimo do ministro do STF Alexandre de Moraes – o que, segundo os investigadores, reforça a desconfiança de que o ministro tenha sido alvo do esquema ilegal.
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