Segundo o documento assinado pelo procurador da república Eduardo Santos de Oliveira Benones, o departamento vai investigar o trabalho de patrulhamento da PRF nas rodovias do estado e no Complexo da Maré, além da letalidade policial das forças federais durante a atuação no Rio de Janeiro.

No ofício a que a TV Globo teve acesso, o procurador determina que a Superintendência da Polícia Federal no Rio "traga aos autos informações sobre a possível atuação na Avenida Brasil."

Entre os pedidos do MPF, está o acesso a documentos sobre a atuação de forças federais, civis e militares, no âmbito da segurança pública do Rio de Janeiro nos últimos cinco anos.

O trabalho dos agentes da Força Nacional em apoio ao governo do Rio de Janeiro teve início na terça-feira (17), com a presença de 150 homens e mulheres, de um total de 300 que foram destinados ao estado.

A Força Nacional realizará operações nas rodovias, sob a liderança da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Na última terça, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, se reuniu com o procurador do Ministério Público Federal, Júlio José Araujo Junior. O encontro sobre a atuação da Força Nacional no Rio de Janeiro foi considerado como positivo.

"Foi uma reunião muito boa, muito positiva. Eu tive a oportunidade de expor ao procurador toda a política de segurança pública do ministério, a construção do Sistema Único de Segurança Pública. Foi um diálogo muito positivo. Creio que ele ficou bem impressionado, assim como e eu também fiquei com as colocações que o procurador fez. O mais importante é unir o Rio para enfrentar o crime organizado", comentou Cappelli ao sair do encontro no MPF.

No início do mês, o MPF questionou o envio da Força Nacional para reforçar segurança pública no Rio. Os questionamentos provocaram a suspensão do envio dos agentes, por parte do Ministério da Justiça.

Também na terça, Cappelli pediu ao prefeito do Rio de Janeiro o livre acesso às câmeras de segurança da CET-Rio. O objetivo é integrar o sistema do órgão de controle de tráfego do município com o serviço de inteligência da PRF.

Na opinião de Cappelli, a troca de informações vai ajudar no monitoramento de veículos suspeitos que passam pelas principais vias do Rio, como as linhas Vermelha e Amarela e a Avenida Brasil.