A Rádio Mais Ouvida em Quirinópolis

(64) 3651-1452

Notícias/Policial

Ministros devem se reunir nesta segunda para discutir ação contra escalada de violência no Rio

Os ministros Flávio Dino (Justiça), Rui Costa (Casa Civil) e José Múcio Monteiro (Defesa) devem se reunir nesta segunda-feira (30)

Ministros devem se reunir nesta segunda para discutir ação contra escalada de violência no Rio
IMPRIMIR
Use este espaço apenas para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.
enviando

Por Valdo CruzKevin Lima

 


Ônibus queimado na região do Recreio, Rua Bem Vindo de Novaes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (23). — Foto: Pedro Kirilos/Estadão Conteúdo

Ônibus queimado na região do Recreio, Rua Bem Vindo de Novaes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (23). — Foto: Pedro Kirilos/Estadão Conteúdo

Os ministros Flávio Dino (Justiça), Rui Costa (Casa Civil) e José Múcio Monteiro (Defesa) devem se reunir nesta segunda-feira (30) para discutir a atuação do governo no combate ao crime organizado no Rio de Janeiro.

A expectativa é que, no encontro desta segunda, seja definido um pacote de medidas para fortalecer a segurança pública no estado (veja mais abaixo).

O governo tem avaliado que o crime deixou de ser apenas estadual e se nacionalizou. Para além do Rio, o Planalto entende que é preciso atuar — com estratégias de inteligência — de forma integrada aos estados para combater as organizações criminosas.

Esta deverá ser a segunda reunião dos ministros para discutir a crise na segurança pública do estado, desde que 35 ônibus e um trem foram incendiados na Zona Oeste da capital fluminense. Os ataques foram uma reação à morte do miliciano Matheus da Silva Rezende — conhecido como Faustão.

Ao deixar a primeira reunião com os ministros e os comandantes das Forças Armadas, Flávio Dino afirmou que, nesta semana, seria apresentado a Lula um estudo sobre o emprego de militares das Forças em fronteiras, portos e aeroportos na Região Sudeste.

Inicialmente, havia a expectativa de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participasse do encontro. O Palácio do Planalto, no entanto, não confirmou a presença de Lula na agenda.

Dino indicou que o pacote a ser apresentado ao presidente também deve contar com estratégias tecnológicas, além do aumento da presença das corporações policiais federais e das Forças Armadas.

“A questão central para vencer as milícias e organizações criminosas de um modo geral envolve inteligência, tecnologia e descapitalização. Esses são os eixos que o mundo inteiro reconhece como virtuosos no rompimento desse domínio territorial de organizações criminosas”, afirmou o ministro no último dia 25.

Lula diz que não quer 'Forças Armadas nas favelas brigando com bandido'

Lula diz que não quer 'Forças Armadas nas favelas brigando com bandido'

Apesar do debate sobre o aumento do efetivo militar no Rio, Dino e o próprio Lula já descartaram uma possível intervenção federal no estado ou acionar as Forças Armadas por meio de decretos de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

As operações de GLO são realizadas por ordem do presidente da República. Segundo a Constituição, ocorrem nos casos em que há o esgotamento das forças de segurança pública. Durante a vigência da GLO, as Forças Armadas podem atuar com poder de polícia.

Desde os ataques aos ônibus, Lula tem repetido que o governo federal atuará de forma conjunta com o governo fluminense e que não haverá “pirotecnia”.

 

Finanças do crime organizado

 

Além da reunião para discutir o plano de ação conjunta entre os governos federal e estadual, na noite desta segunda, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, deverá receber representantes do governo fluminense.

Em entrevista à GloboNews, neste domingo (29), Cappelli afirmou que vai discutir a criação de uma força-tarefa para "identificar movimentações e enfrentar crimes financeiros e lavagem de dinheiro" no Rio. O objetivo, segundo ele, é "asfixiar" o crime organizado.

Deverão estar presentes o secretário-chefe da Casa Civil do estado do Rio de Janeiro, Nicola Miccione, e representantes do Ministério da Fazenda, além de auditores da Receita Federal.

 

Pedido de Castro

 

A avaliação de um pacote de medidas para o Rio atende a pedido do governador do estado, Cláudio Castro (PL). Durante agenda em Brasília, na última semana, ele solicitou apoio no combate às milícias e ao crime organizado.

Após encontro com José Múcio, Castro também descartou intervenção ou GLO no estado. O governador pediu reforço em portos, aeroportos e fronteira para o controle de armamentos.

“Precisamos impedir a entrada de armas e drogas do Rio de Janeiro. Se este trabalho for bem-feito, junto com a asfixia financeira dos criminosos, o trabalho terá efeito. Na reunião desta quarta, não foram oferecidos homens, nem armas. A situação é grave, mas hoje a polícia não está sucateada e, por isso, o Rio não está precisando de uma GLO”, disse o governador na última quarta (25).

Governador Cláudio Castro vai a Brasília buscar solução para evitar a entrada de armas e drogas no estado

Governador Cláudio Castro vai a Brasília buscar solução para evitar a entrada de armas e drogas no estado

O Rio de Janeiro já conta com efetivo da Força Nacional, autorizado por Dino em setembro, para apoio às equipes policiais.

Ao todo, o Ministério da Justiça prevê encaminhar 300 agentes e 50 viaturas. A primeira metade do contingente de agentes já começou a atuar no dia 16.

A previsão é que os agentes atuem em operações nas rodovias, sob a liderança da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Comentários:

Veja também

Fique a vontade para nos enviar sua mensagem!