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Ministro britânico afirma que ataque contra Houthis no Iêmen foi 'ato de legítima defesa'

Representante das Forças Armadas britânicas disse que não há planos imediatos de novas ações na região.

Ministro britânico afirma que ataque contra Houthis no Iêmen foi 'ato de legítima defesa'
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Por g1 — São Paulo

 
 
Míssil é disparado de navio de guerra durante operação dos Estados Unidos e do Reino Unido contra alvos Houthis, no Iêmen, em 12 de janeiro de 2024 — Foto: US Central Command/Reuters

Míssil é disparado de navio de guerra durante operação dos Estados Unidos e do Reino Unido contra alvos Houthis, no Iêmen, em 12 de janeiro de 2024 — Foto: US Central Command/Reuters

Após Estados Unidos e Reino Unido atacarem alvos do grupo rebelde Houthis do Iêmen, o ministro das Forças Armadas britânicas, James Heappey, afirmou nesta sexta-feira (12) que a ação foi um "ato de legítima defesa". De acordo com o ministro, não há planos imediatos de novos ataques.

Heappey também pontou que a missão foi um ataque isolado. "A ação foi uma resposta limitada, proporcional e isolada" e ainda afirmou que estão "atentos à necessidade de garantir que isso não cause uma escalada regional”.

 

As fortes explosões foram reportadas na capital Sanaa e em outras cidades durante a madrugada de sexta-feira (12), pelo horário local — noite de quinta-feira (11), no Brasil. A operação acontece um dia após o grupo rebelde realizar o maior ataque nas rotas comerciais do Mar Vermelho desde 19 de novembro.

 

Também nesta sexta, o Irã, a Rússia e o Omã condenaram o ataque conduzido pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanaani, afirmou que os bombardeios conduzidos contra os Houthis atingiram várias cidades do Iêmen.

Mohammed Abdulsalam, porta-voz do Houthis, afirmou que o grupo continuará os ataques a navios com destino a Israel no Mar Vermelho e que a operação contra alvos do grupo é "injustificada".

Horas após o ataque, a Rússia afirmou que solicitou uma reunião de urgência do Conselho de Segurança das Nações Unidos para discutir o bombardeio.

Vista da ponte do HMS Diamond disparando mísseis no Mar Vermelho — Foto: Ministério da Defesa do Reino Unido/Divulgação via REUTERS

Vista da ponte do HMS Diamond disparando mísseis no Mar Vermelho — Foto: Ministério da Defesa do Reino Unido/Divulgação via REUTERS

 

 

Ataques no Mar Vermelho

 

A ação conduzida pelos Estados Unidos e o Reino Unido, nesta sexta-feira, foram feitos via água e ar, com o uso de submarinos, navios e aeronaves.

Esses foram os primeiros bombardeios contra o grupo desde que os rebeldes começaram a atacar navios comerciais no Mar Vermelho, no fim de 2023.

Nas últimas semanas, militantes do grupo rebelde, apoiados pelo Irã, intensificaram ataques contra os navios comerciais em protesto à guerra de Israel em Gaza. Além disso, os houthis controlam boa parte do Iêmen.

Desde novembro, pelo menos 27 ataques conduzidos pelo grupo rebelde contra navios foram registrados na região. Em dezembro, por exemplo, um navio norueguês foi atacado por um míssil, na costa do Iêmen.

O grupo prometeu continuar os ataques até que Israel interrompa o conflito em Gaza e alertaram que atacariam navios de guerra dos EUA se o próprio grupo de milícia fosse alvo.

Os ataques houthis perturbaram o comércio internacional na principal rota entre a Europa e a Ásia, que representa cerca de 15% do tráfego marítimo mundial.

Várias companhias de transporte marítimo suspenderam operações, preferindo o trajeto mais longo em torno da África.

Mapa mostra o caminho que os navios fazem até chegar ao Canal de Suez — Foto: Kayan Albertin/g1

Mapa mostra o caminho que os navios fazem até chegar ao Canal de Suez — Foto: Kayan Albertin/g1

 
 
 
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