Indústria nacional está acima da média global pelo sétimo ano seguido.
Jornalista carioca que escreve sobre música desde 1987, com passagens em 'O Globo' e 'Bizz'. Faz um guia para todas as tribos
Se o relatório global da International Federation of the Phonographic Industry (IFFI) apontou crescimento anual de 10,2% do mercado fonográfico em âmbito mundial, a Pró-Música apurou que a indústria fonográfica do Brasil se expandiu 13,4% ao longo de 2023, na comparação com o ano anterior.
Em bom português, o mercado fonográfico nacional cresceu acima da média global – fato observado já pelo sétimo ano consecutivo – e se impôs novamente entre os dez maiores mercados mundiais do mundo, tendo faturado 2,9 bilhões de reais em 2023.
Desse total, nada menos do que 2,5 bilhões de reais são provenientes das receitas de streaming, representando 87,1% do montante das receitas do setor fonográfico. E aí é que entra a questão mais relevante: e como fica o artista diante desse quadro de expansão do mercado?
A (única) matéria-prima das plataformas de streaming é a música feita por compositores, cantores, instrumentistas, arranjadores, produtores, engenheiros de som. Ou seja, sem essa cadeia de profissionais que movimentam a indústria fonográfica, não há música, não há players de áudio, não há receitas. Então, se há músicas (aos milhares) e se há receitas (aos milhões), urge que o bolo seja dividido com justiça.
E é essa a pergunta que não pode calar: está sendo feito justiça na remuneração dos profissionais que fazem música no dia-a-dia? A resposta pode ser dada somente pelo artista, aquele que sabe o quanto cai na conta bancária a cada single, a cada EP, a cada álbum lançado nas milionárias plataformas.
Que seja então dada a palavra aos maiores interessados na questão, os artistas!
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