Por Pedro Henrique Gomes, Kellen Barreto, g1 — Brasília
Após oito anos, Nicolás Maduro veio ao Brasil em maio para encontro com Lula e reunião com outros líderes sul-americanos — Foto: EPA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou nesta quinta-feira (19) a decisão dos Estados Unidos de flexibilizar temporariamente sanções econômicas impostas à Venezuela.
Após o governo de Nicolás Maduro e a oposição na Venezuela fecharem um acordo sobre as eleições de 2024, os norte-americanos aliviaram temporariamente sanções sobre o petróleo, gás e ouro venezuelanos.
Em troca, os norte-americanos pediram o fim das inabilitações de políticos e a libertação de presos políticos na Venezuela. Washington havia prometido que levantaria as sanções se Caracas desse passos concretos em favor de eleições livres e transparentes em 2024.
O Brasil teve papel central na negociação entre o esquerdista Maduro e seus opositores, com visitas do assessor especial da Presidência da República Celso Amorim a Caracas e a outras cidades onde encontros foram feitos para se chegar ao acordo. O último encontro ocorreu na terça-feira (17).
Na última segunda-feira (16), o presidente Lula conversou com o aliado Maduro sobre o processo eleitoral no país vizinho. Em uma rede social, nesta quinta, o petista comentou a decisão dos norte-americanos.
“Recebi com satisfação a notícia de que o governo dos EUA retirou sanções contra a Venezuela, depois que o governo e a oposição venezuelanos assinaram um acordo para eleições justas no ano que vem", afirmou Lula.
"Sanções unilaterais prejudicam a população dos países afetados e dificultam processos de mediação e resolução de conflitos", completou o presidente brasileiro.
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