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Guiana diz que vai acionar Conselho de Segurança da ONU após Venezuela anunciar mapa com Essequibo

Irfaan Ali afirmou que as forças de defesa do país estão em alerta máximo

Guiana diz que vai acionar Conselho de Segurança da ONU após Venezuela anunciar mapa com Essequibo
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Por g1

 
 

Presidente da Guiana, Irfaan Ali — Foto: JN

Presidente da Guiana, Irfaan Ali — Foto: JN

O presidente da Guiana, Irfaan Ali, anunciou que o país irá acionar o Conselho de Segurança da ONU nesta quarta-feira (6), após a Venezuela divulgar um novo mapa do país com a incorporação do território de Essequibo.

 

Na terça-feira (5), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou uma série de medidas referentes ao tema e propôs uma lei para a criação da província "Guiana Esequiba", anexando o território que pertence à Guiana.

Ifaan Ali classificou as ações de Maduro como "desrespeito flagrante" a uma decisão da Corte Internacional de Justiça, que decidiu que a Venezuela não poderia tentar anexar o território de Essequibo.

 

"A Força de Defesa da Guiana está em alerta máximo. A Venezuela declarou-se claramente uma nação fora da lei", afirmou o presidente da Guiana.

 

Ali afirmou ainda que conversou com o secretário-geral da ONU, António Guterres. A hipótese de acionar o Conselho de Segurança já havia sido ventilada pelas autoridades do país caso a situação escalasse.

 

 

 

Reservas de petróleo

 

Guiana — Foto: g1

Guiana — Foto: g1

Em um pronunciamento, Maduro anunciou que estava ordenando que a estatal petroleira venezuelana PDVSA conceda licenças para a exploração de petróleo e gás na região de Essequibo. Em 2015, foi descoberto petróleo na região.

Estima-se que na Guiana existam reservas de 11 bilhões de barris, sendo que a parte mais significativa é "offshore", ou seja, no mar, perto de Essequibo. Por causa do petróleo, a Guiana é o país sul-americano que mais cresce nos últimos anos.

Um consórcio liderado pela Exxon Mobil começou a produzir petróleo na costa da Guiana no final de 2019, e as exportações começaram em 2020.

O presidente da Guiana afirmou que os investidores do país não têm nada com que se preocupar.

 

“Nossa mensagem é muito clara: seus investimentos estão seguros”, disse ele. “Os nossos parceiros internacionais e a comunidade internacional estão prontos e nos garantiram apoio.”
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