Por g1 — Brasília
Associações e empresas de vários setores como os de tecnologia, de comunicação e de entretenimento lançam nesta quarta-feira (6), a "Aliança pela Internet Aberta", um movimento contrário à possível criação de uma taxa de rede para subsidiar parte dos custos da infraestrutura da internet.
Essa taxa é defendida por algumas operadoras de telecomunicações e seria repassada para provedores de conteúdo e aplicações. A ideia é analisada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que prevê nova consulta pública sobre o tema.
De acordo com a Aliança, a proposta de uma taxa adicional pelo uso da rede "carece de evidências e tem o potencial de afetar negativamente todo o ecossistema digital e colocar em risco a internet aberta no Brasil".
Um dos riscos sustentados pelo movimento contrário à taxação é da possibilidade de cobrança por parte das operadoras de telecomunicações de remuneração adicional de qualquer serviço que gere tráfego de dados pela internet.
Para exemplificar melhor os setores que estariam sujeitos à taxação, a Aliança cita:
- computação em nuvem;
- serviço de streaming;
- educação à distância;
- saúde digital e telemedicina; e
- inteligência artificial.
"Num cenário assim, toda a economia digital – em especial o público consumidor – sofreria o efeito de uma internet dividida em classes, mais cara e de menor qualidade", justifica o movimento. "Isso porque os recursos que poderiam ser aplicados em inovação para os brasileiros teriam de ser realocados para o pagamento de uma taxa", completa.
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