A multa administrativa foi aplicada após imagens de satélite do Núcleo de Geotecnologias do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (Nugeo-MPMS) constatarem a degradação na área. As informações da multa foram confirmadas pela PMA.

O g1 tentou retorno com o MPMS sobre o caso, mas não foi respondido até a última atualização deste conteúdo. A dona da fazenda Santa Edwiges, que mora no Rio de Janeiro, não foi localizada.

A apuração do caso começou após imagens de satélite do MPMS constataram um forte ponto de ignição - queima feita com combustível, mesmo sem chama - na fazenda Santa Edwiges.

Após a confecção do laudo, o MPMS acionou a PMA, que foi à fazenda identificar a área degrada e encontrou a fazenda abandonada. Para a polícia, não restam dúvidas de que o grande foco partiu da propriedade rural administrada pela fazendeira carioca.

"Fomos atender a solicitação do MPMS de Corumbá nesta propriedade. O atendimento foi a partir do laudo do núcleo, que constatou a área danificada. O ponto de ignição foi nesta propriedade multada", detalha a capitã.

O g1 apurou que a proprietária ainda não assinou o termo de ciência da multa. O relatório do desmatamento só será encaminhado ao Instituto do Meio Ambiente do estado (Imasul) após a fazendeira ser notificada. Além do órgão, a Polícia Civil pode ser acionada para investigar o caso.

Desde o início de novembro, as chamas tomaram o Pantanal, fazendo com que o bioma tivesse o pior mês de novembro da história, com 4.134 focos de fogo. O que os especialistas explicam é que o fogo é resultado do baixo volume de chuva, calor intenso e a vegetação ressecada na região.

Neste ano, mais de 1 milhão de hectares foram consumidos pelas chamas no Pantanal. O Pantanal abriga uma diversidade única, incluindo várias espécies ameaçadas, ao todo são:

• 🌱3,5 mil espécies de plantas
• 🐟325 espécies de peixes
• 🐸53 espécies de anfíbios
• 🐊98 espécies de répteis
• 🦜656 espécies de aves
• 🐆159 tipos de mamíferos