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Depois de um mês de guerra, forças de Israel isolam o norte de Gaza e avançam em direção à Cidade de Gaza

Cerca de 70% dos 2,3 milhões de residentes de Gaza fugiram de suas casas desde o início da guerra.

Depois de um mês de guerra, forças de Israel isolam o norte de Gaza e avançam em direção à Cidade de Gaza
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Por g1

 

 
 

Israel cerca e isola cidade de Gaza depois de ataque de grandes proporções
Israel cerca e isola cidade de Gaza depois de ataque de grandes proporções

A guerra entre as forças de Israel e o grupo terrorista Hamas chega a um mês nesta terça-feira (7). Os confrontos mais recentes começaram com os ataques do Hamas ao território israelense. Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro do país, afirmou que estava em guerra.

Passado um mês daquele sábado, o exército de Israel conseguiu impor uma divisão entre a região norte da Faixa de Gaza e o resto do território.

Nesse período, o confronto se tornou o mais violento entre palestinos e israelenses, segundo a agência Associated Press. Não há sinal de uma resolução. O governo de Israel afirma que quer remover o Hamas do controle da Faixa de Gaza e destruir os equipamentos militares do grupo terrorista.

O Ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo grupo terrorista Hamas, afirma que o número de mortes ultrapssou 10 mil. Não há verificação independente dessa informação. Cerca de 1.400 israelenses morreram nos ataques terroristas do dia 7 de outubro, quando o Hamas começou essa nova guerra com Israel.

O número de mortos devem aumentar com um combate urbano, quando as tropas entrarem na Cidade de Gaza. Isso deve acontecer nos próximos dias, segundo a mídia de Israel.

Cerca de 70% dos 2,3 milhões de residentes de Gaza fugiram de suas casas desde o início da guerra. Alimentos, medicamentos, combustível e água estão escassos, e as escolas administradas pela ONU convertidas em abrigos estão lotadas. Muitas pessoas estão dormindo nas ruas.

Na segunda-feira (6), os israelenses bombarderam a região em uma preparação para uma invasão por terra da Cidade de Gaza, a maior do território.

O coronel Richard Hecht, um porta-voz militar de Israel, afirmou que já completaram o cerco, separando os centros do Hamas que ficam no norte daqueles que ficam no sul da Faixa de Gaza.

 

Bombardeio do norte de Gaza

 

Os israelenses querem que a população civil de Gaza vá para o sul, mas centenas de milhares de pessoas ainda estão nas regiões onde deve haver conflito nos próximos dias.

Cerca de 800 mil pessoas fugiram para o sul da Faixa de Gaza. O exército de Israel afirma que ainda dá para os moradores da Cidade de Gaza irem para o sul e que há um corredor demão única para os civis, mas muitos deles têm medo de usar a rota.

Nos últimos dias, ataques aéreos atingiram instalações da ONU onde havia pessoas se abrigando e hospitais, que estão sobrecarregados de feridos e com falta de energia e suprimentos.

Um ataque na segunda-feira de madrugada atingiu o telhado do Hospital Shifa, na Cidade de Gaza. Essa foi uma das noites mais intensas de bombardeio no norte de Gaza, de acordo com testemunhas.

Israel anunciou que atingiu 450 alvos durante a noite e que matou vários comandantes militares do Hamas. Israel culpa o Hamas pelas mortes de civis, pois os combatentes do Hamas operam em áreas residenciais.

O exército divulgou vídeos que, segundo eles, mostram suas tropas terrestres descobrindo lançadores de foguetes do Hamas em um centro de juventude e em uma região perto de uma mesquita, no norte de Gaza. Eles não forneceram as localizações exatas onde os vídeos foram gravados, e as imagens não incluíram pontos de referência visíveis, por isso a Associated Press não pôde confirmar independentemente os vídeos.

O serviço de telefonia móvel e internet caiu durante a noite, a terceira interrupção em todo o território desde o início da guerra, mas foi gradualmente restaurado na segunda-feira.

 

Discussões sobre pausas

 

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou sobre pausas táticas diretamente com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu em uma ligação na segunda-feira, mas a Casa Branca disse que não houve acordo.

Até o momento, Israel rejeitou as sugestões dos EUA para pausa com o objetivo de facilitar a entrega de ajuda humanitária e a libertação de alguns dos cerca de 240 reféns capturados pelo Hamas em sua operação. Israel também rejeitou pedidos de um cessar-fogo mais amplo.

No norte de Gaza, um avião de carga militar jordaniano lançou ajuda médica em um hospital de campanha, disse o rei Abdullah II na segunda-feira. Parecia ser o primeiro lançamento aéreo desse tipo durante a guerra, aumentando a possibilidade de outra maneira de entrega de ajuda além do cruzamento de Rafah, no Egito.

Mais de 450 caminhões carregando ajuda foram autorizados a entrar em Gaza desde 21 de outubro. No entanto, trabalhadores humanitários dizem que a ajuda está muito aquém das necessidades crescentes.

O cruzamento foi fechado no sábado e no domingo devido a uma disputa entre Israel, Egito e o Hamas. Mas foi reaberto na segunda-feira, e sete pacientes palestinos foram evacuados para o Egito, disse o Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

 

Outros focos de conflito: Hezbollah, Cisjordânia, Jerusalém

 

A guerra também aumentou as tensões, com Israel e o grupo militante do Hezbollah do Líbano.

Em Jerusalém, um homem palestino matou uma policial israelense com uma facada e depois foi morto a tiros.

Na Cisjordânia ocupada, as forças israelenses mataram a tiros quatro homens palestinos em um veículo, disse o Ministério da Saúde palestino.

Israel capturou Jerusalém Oriental, Gaza e a Cisjordânia, na guerra do Oriente Médio de 1967. Os palestinos querem os três territórios para um estado futuro. Israel anexou Jerusalém Oriental em uma ação não reconhecida pela maioria da comunidade internacional e considera toda a cidade como sua capital.

Rastros de projéteis em Gaza, em 6 de novembro de 2023 — Foto: Mohammed Al-Masri/Reuters

Rastros de projéteis em Gaza, em 6 de novembro de 2023 — Foto: Mohammed Al-Masri/Reuters

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