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Câmara, Alerj, governo, prefeitura, TCE, Congresso: influência dos irmãos Brazão se espalha por várias instâncias de poder

Domingos é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) e Chiquinho Brazão é deputado federal

Câmara, Alerj, governo, prefeitura, TCE, Congresso: influência dos irmãos Brazão se espalha por várias instâncias de poder
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Por Gabriel Barreira, RJ1

 

 

 

Domingos e Chiquinho Brazão, presos no domingo (24) pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, possuem décadas de influência e indicações a cargos em várias instâncias de poder. As ramificações são indicadas no relatório da Polícia Federal que aponta detalhes das investigações.

Domingos é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) e Chiquinho Brazão é deputado federal.

O deputado estadual Flávio Serafini (PSOL-RJ) entrou com ação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) pedindo o impeachment do cargo de conselheiro do TCE-RJ, nesta segunda (25). O Superior Tribunal de Justiça define o futuro do conselheiro.

 

A família Brazão fez indicações recentes na Fundação para a Infância e Adolescência (FIA) e na Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab), ambos órgãos do Governo do Estado do Rio de Janeiro.

Na página oficial da FIA, Domingos aparece diversas vezes, muitas delas ao lado da presidente Fernanda Lessa. Chiquinho também tem participações na pasta.

Já na Fundação Leão XIII, Tunico de Souza é o vice-presidente. Ele fez campanha para a família Brazão e saiu em defesa dela diante das suspeitas do caso Marielle.

O RJ2 já chegou a mostrar que André Nahass, ex-secretário de Transportes do Governo do Estado do Rio de Janeiro, foi uma indicação de Domingos Brazão. O conselheiro negou.

Flávio Abnerh-Alvarenga Brazão é filho de Manoel Brazão. Ele é o diretor de Administração e Finanças no governo estadual.

Questionado, o poder estadual disse que as indicações foram feitas pelo partido União Brasil, e não pelos políticos.

Em eventos políticos, a Família Brazão foi elogiada tanto pelo prefeito Eduardo Paes quanto pelo governador Cláudio Castro.

Na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), mais um membro da família: o deputado Pedro Brazão, que não é citado nas investigações da morte de Marielle e Anderson.

 

No trono da presidência da Assembleia Legislativa do Rio está o deputado estadual Manoel Brazão. O vice-presidente da Casa é Rodrigo Bacellar.

Domingos Brazão foi um dos responsáveis pela articulação da eleição de Bacellar - que agradeceu ao amigo durante a posse, no ano passado.

A TV Alerj também conta com indicações da família.

Chiquinho Brazão, Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa, acusados de mandar matar Marielle Franco — Foto: Reprodução

Chiquinho Brazão, Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa, acusados de mandar matar Marielle Franco — Foto: Reprodução

Na Prefeitura do Rio, Chiquinho Brazão foi secretário Especial de Ação Comunitária. Na esfera municipal, ele foi vereador.

A Prefeitura do Rio também afirmou que a indicação foi do partido, e não da família Brazão.

Quem ocupa uma vaga na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro é Waldir Brazão, que não faz parte da família, mas usa o sobrenome pois já foi chefe de gabinete dos políticos.

 

Procurada, a prefeitura do Rio disse que Chiquinho foi escolhido secretário pelo partido Republicanos, ao estabelecer aliança com a administração municipal. Além disso, disse que quando surgiram especulações sobre o caso Marielle, foi solicitada ao partido a indicação de um nome para substituí-lo.

Chiquinho foi exonerado no início de 2024. O governo do estado e o presidente da Alerj não responderam ao pedido de explicação da equipe de reportagem.

Os demais citados não foram localizados.

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