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Após operação da PF, Valdemar e Pacheco trocam farpas nas redes

Presidente do PL afirmou que entrada de agentes no Congresso para fazer buscas em gabinete de aliado é 'falta de autoridade' de Pacheco

Após operação da PF, Valdemar e Pacheco trocam farpas nas redes
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Por g1 — Brasília

 

 
 
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto — Foto: Adriano Machado/Reuters e Wilton Junior/Estadão Conteúdo

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto — Foto: Adriano Machado/Reuters e Wilton Junior/Estadão Conteúdo

 

O presidente do Senado e do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, trocaram farpas nas redes sociais nesta quinta-feira (25) após a operação da Polícia Federal sobre espionagem irregular da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

A operação mirou um esquema, vigente durante o governo Jair Bolsonaro, de monitoramento de autoridades e desafetos do ex-presidente.

O ex-diretor da Abin e atual deputado federal, Alexandre Ramagem (PL-RJ), foi alvo de buscas da PF. Os agentes estiveram no gabinete dele. Valdemar reclamou da ação da polícia e disse que agentes entrarem em um gabinete de um parlamentar mostra "falta de autoridade" de Pacheco.

 

"Esse negócio de ficar entrando nos gabinetes é uma falta de autoridade do Congresso. Rodrigo Pacheco deveria reagir e tomar providências", afirmou. Ramagem, amigo da família Bolsonaro, é pré-candidato do PL à prefeitura do Rio de Janeiro.

Sem citar o nome de Valdemar, Pacheco reagiu às críticas. O presidente afirmou que é difícil dialogar com quem está na política para "ampliar" acesso ao fundo eleitoral.

"É difícil manter algum tipo de diálogo com quem faz da política um exercício único para ampliar e obter ganhos com o fundo eleitoral. E que defende publicamente impeachment de ministro do Supremo para iludir seus adeptos, mas, nos bastidores, passa pano quando trata do tema", respondeu Pacheco .

Valdemar também disse que a operação é uma "perseguição por causa do Bolsonaro".

O ministro Flávio Dino, que comanda o Ministério da Justiça, pasta a que a PF está subordinada, rebateu Valdemar.

"Ninguém, absolutamente ninguém, qualquer que seja a instituição, tem apoio normativo juridico para escolher arbitrariamente quem vai ser investigado, vai ser perquirido, vai ser analisado, vai ter a sua privacidade invadida", afirmou Dino.

 
 

 

 

 

Operação

 

A operação "Vigilância Aproximada" foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Nesta quinta, policiais percorram endereços suspeitos em Brasília, Juiz de Fora, São João Del Rei e Rio de Janeiro.

Na decisão que autorizou a operação, Moraes, diz que Ramagem usou a Abin para fazer espionagem ilegal a favor da família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ainda segundo Moraes, entre as autoridades espionadas estavam a ex-deputada Joice Hasselmann, o ex-governador do Ceará e atual ministro da Educação, Camilo Santana (PT) e o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia.

A Abin informou que tem 10 meses que a atual gestão vem contribuindo com os inquéritos da PF e STF e que é a "maior interessada em esclarecer eventuais ilícitos", por isso "vai continuar colaborando com as investigações".

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